Sunday, January 17, 2010

Caralho, é tão difícil começar. E não é como se eu não soubesse o que eu quero, essa história não existe; há os que vão atrás do que querem e há os que têm medo de ir, então dizem que não sabem o que querem. Porque por mais foda que seja a crise, sempre há aquele sonho antigo, aquela vontade presa no âmago, seja de ir à Paris ou tomar um Häagen-Dasz. Caralho, é tão difícil. A vida tem todo o seu curso natural, tem a porra dos instintos, mas não é tão simples assim. A gente que tomar decisões, lidar com sentimentos, conviver com pessoas. Ah, Caralho.
Eu sei, eu deveria parar de falar tanto palavrão, mas foda-se. Eu já parei de fumar, estão felizes? Já não bebo tanto. Sem refrigerantes há meses, 4 anos de vegetarianismo. Eu não to reclamando, eu fico feliz de provar minha força de vontade e me livras dessas merdas que me fazem mal. E tudo o que eu fiz foi de livre e espontânea vontade, ou não. Mas não me exija mais nada. Não me peça para ser educado, para não beber tanto café, para comer direito. Minha sanidade mental está por um triz, cara. Eu já tenho insônia, tontura, palpitações e agora eu me sinto só. Caralho de solidão. Queria abdicar dela também, mas ela não é um vício. O vício é o abraço, e não é uma droga que eu possa comprar. Tá tão difícil viver na carência, na falta de amor, na falta de sexo. Eu já não sei mais conquistar, eu já não sei mais ser conquistado, eu só sei escrever.